Nuno Crato arrisca-se a ficar na História como um dos
piores ministros da Educação, se não mesmo o pior de todos, pelo menos daqueles
que me lembro, e lembro-me de muitos. É certo que alguns mal aqueceram o lugar
e por isso não tiveram tempo para muitas asneiras. Mas Nuno Crato consegue
fazer muito pior que Couto dos Santos, que de Educação nada sabia. E o que é
curioso, ou talvez não, é que Nuno Crato, enquanto comentador televisivo do
programa da SIC Notícias “Plano Inclinado”, em que fazia equipa de maldizentes
com Medina Carreira, fartou-se de criticar a política educativa dos governos de
Sócrates, sobretudo no consulado de Maria de Lurdes Rodrigues.
Ora, a política educativa da equipa de Maria de Lurdes
Rodrigues teve os seus frutos. Segundo a OCDE, naquele período, Portugal foi o
país europeu que mais evoluiu em termos educativos. Demos um enorme salto no
Ranking dos países com sucesso na Educação. Ao contrário, com Nuno Crato
regredimos. De tal modo que, pela primeira vez, nenhum distrito teve média
positiva nos exames nacionais de um ano lectivo, em todos os ciclos de ensino.
É obra! E se a isto, que não é pouco, juntarmos o facto de todos os dias
ouvirmos notícias de contestação de pais, de professores, de alunos, de não
docentes, de autarquias e de outros, que se queixam da falta de condições
físicas e logísticas para um bom desempenho das escolas, fácil é concluir que
vamos a passos largos para pior. Direi mesmo, para muito pior.
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