Não há números mágicos nesta matéria", afirmou Pedro Passos Coelho em Paris, quando questionado sobre a afirmação de Rui Machete segundo a qual o segundo resgate a Portugal é "evitável" se as taxas de juro da dívida a 10 anos ficarem abaixo dos 4,5%.
O primeiro-ministro travou a fundo a ideia de que possa estar em causa a sua confiança no ministro dos Negócios Estrangeiros - "Essa questão não está em cima da mesa. (...) O sr. ministro tem vindo a desempenhar a sua função com a minha confiança e isso é que é importante", afirmou. Mas rejeitou claramente a ideia de que há qualquer taxa de juro associada à dívida portuguesa a partir da qual seja possível evitar um novo resgate.
Ao lado de Portas
Passos Coelho alinha, assim, com Paulo Portas. O vice-primeiro-ministro já tinha demarcado a posição oficial do Governo das declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, quando disse que Portugal "tem uma data - e não uma taxa - para finalizar o programa de ajustamento".
A estratégia do Governo passa por fazer o contrário que fez Rui Machete, ou seja, não fixar metas difíceis mas sim sublinhar a baixa dos juros da dívida registada nos últimos dias.
O primeiro-ministro recusou igualmente comparar a nova polémica de Machete com a crise política de julho, que fez as taxas de juro disparar para níveis semelhantes aos exigidos a Portugal há dois anos, quando teve que solicitar um resgate financeiro: "São coisas muito diferentes, nós não queremos evidentemente que haja da política portuguesa qualquer perceção de crise politica e não há nenhuma razão para que essa perceção exista".
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Tudo isto tresanda a ópera bufa e cheira mal.
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