quinta-feira, 3 de abril de 2014

BPN E BARROSO VS CONSTÂNCIO

"BPN COM O RABO DE FORA

(...)
Durão preocupou-se agora. E de repente lembrou-se: então e você não me pergunta sobre o BPN? Podia ter-se recordado mais cedo, talvez durante as duas comissões de inquérito que decorreram na Assembleia da República. Três conversas com Constâncio sobre um assunto deste calibre revelam insistência, desconfiança, algum fio de informação. Tinha o primeiro-ministro algum facto? Chegou-lhe numa carta anónima enviada por uma toupeira bem colocada? Entre uma bolachinha e as taxas de juro, lembrou-se do BPN de repente? E nos três bate-papos, 1,2,3, ficou sempre tranquilo com as respostas? Sugeriu à Procuradoria-Geral da República que olhasse para o assunto? Falou com os ministros das Finanças, da Administração Interna e da Justiça? Quando passou a pasta a Santana Lopes, apesar da pressa notória em abalar, mencionou a pequena inquietação, o BPN no sapato? São perguntas que a investigação e o tribunal ainda podem fazer. Devem fazer. Irão fazer?"

André Macedo in DN

Aqui está uma dúvida que já me tinha assaltado: o primeiro-ministro à época, Durão Barroso, convoca o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, por causa do BPN, por 3 vezes e, não ouvindo respostas concludentes, fica calado, não reage nem dá conhecimento das dúvidas ou das informações de que dispõe a quem de 'direito'? E vem agora, tarde e mal e sem que tenha sido perguntado, levantar o problema? Se Constâncio foi ou não diligente não é problema que neste momento me interessa. Barroso foi cobarde, e foi-o a destempo. 
Ou será que Constâncio lhe recordou os chernes que estavam envolvidos no BPN e ele calou e engoliu?
Que pretende ele, agora, com a 'informação' prestada por sua iniciativa? Interrogue-se o homem para dizer tudo o que sabe, com provas em cima da mesa e sujeito a contraditório. 

Sem comentários: