quarta-feira, 2 de abril de 2014

O que quis Barroso?

O Senhor Durão Barroso – ex-maoista, ex-ministro, ex-primeiro-ministro, ex-líder do PPD e, quase, quase ex-presidente da Comissão Europeia – deu uma entrevista à SIC-Notícias e ao jornal Expresso. Não ouvi ou li a entrevista, mas pelos comentários que fui ouvindo fiquei com a ideia que Barroso disse muitos disparates. Se ficasse só pelos disparates nada a dizer, o problema era dele. Mas Barroso foi além do tolerável e resolveu atacar quem não devia.

Resolveu atacar os subscritores do manifesto a favor da reestruturação da dívida portuguesa, de forma descortês, para contentar a direita europeia neoliberal que lhe deu o tacho durante estes anos e de quem espera os bons ofícios com o objectivo de lhe poder ser dado um qualquer cargo internacional. Mas consta que até a Frau Merkel, de quem Barroso foi sempre muito “atento, obrigado e venerador”, já se fartou dele. Outro ataque soez, rasteiro, ou até mesmo reles, teve como alvo Victor Constâncio a propósito do caso BPN. E qualifico-o com tais adjectivos porque Durão Barroso forçou falar sobre esta questão já no fim da conversa com o jornalista. O que pretendeu Barroso? É claro, contentar a direita mais reacionária . E conseguiu-o. Apareceram logo dois deputados – um  deles eurodeputado – a questionarem Victor Constâncio e se confirma ou desmente as declarações do presidente da Comissão Europeia. Que tristeza! Estes pobres coitados deviam era preocupar-se com as prescrições dos processos judiciais relativos a eventuais crimes ocorridos nos sistemas financeiros. Mas…, há sempre um mas. Não querem tocar em quem, mais tarde, lhes pode proporcionar um bom lugar que os conduzirá a uma boa reforma. Triste sina a de deputado, não é?     

1 comentário:

500 disse...

Lá está: o polícia não estava no sítio onde ocorreu o assalto e vai-se lixar. O assaltante não tem culpa nenhuma, claro. Ele apenas quer tratar da sua vidinha.