O Senhor Durão Barroso – ex-maoista, ex-ministro,
ex-primeiro-ministro, ex-líder do PPD e, quase, quase ex-presidente da Comissão
Europeia – deu uma entrevista à SIC-Notícias e ao jornal Expresso. Não ouvi ou
li a entrevista, mas pelos comentários que fui ouvindo fiquei com a ideia que
Barroso disse muitos disparates. Se ficasse só pelos disparates nada a dizer, o
problema era dele. Mas Barroso foi além do tolerável e resolveu atacar quem não
devia.
Resolveu atacar os subscritores do manifesto a favor
da reestruturação da dívida portuguesa, de forma descortês, para contentar a
direita europeia neoliberal que lhe deu o tacho durante estes anos e de quem espera
os bons ofícios com o objectivo de lhe poder ser dado um qualquer cargo internacional.
Mas consta que até a Frau Merkel, de quem Barroso foi sempre muito “atento,
obrigado e venerador”, já se fartou dele. Outro ataque soez, rasteiro, ou até
mesmo reles, teve como alvo Victor Constâncio a propósito do caso BPN. E
qualifico-o com tais adjectivos porque Durão Barroso forçou falar sobre esta
questão já no fim da conversa com o jornalista. O que pretendeu Barroso? É
claro, contentar a direita mais reacionária . E conseguiu-o. Apareceram logo
dois deputados – um deles eurodeputado –
a questionarem Victor Constâncio e se confirma ou desmente as declarações do
presidente da Comissão Europeia. Que tristeza! Estes pobres coitados deviam era
preocupar-se com as prescrições dos processos judiciais relativos a eventuais
crimes ocorridos nos sistemas financeiros. Mas…, há sempre um mas. Não querem
tocar em quem, mais tarde, lhes pode proporcionar um bom lugar que os conduzirá
a uma boa reforma. Triste sina a de deputado, não é?
1 comentário:
Lá está: o polícia não estava no sítio onde ocorreu o assalto e vai-se lixar. O assaltante não tem culpa nenhuma, claro. Ele apenas quer tratar da sua vidinha.
Enviar um comentário