quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estamos num país democrático, D. Manuela

Manuela Ferreira Leite que ainda não perdeu o desejo de vingança para com Sócrates, que a derrotou numas eleições legislativas que ela tinha muitas hipóteses de vencer após Paulo Rangel ter ganho pouco tempo antes para o PPD umas eleições europeias. Por isso, quando participava hoje numa conferência qualquer de mulheres do seu partido, em Matosinhos, e lhe solicitaram que comentasse o buraco financeiro da Madeira, respondeu de forma insólita e despropositada que "está tudo dito sobre o assunto" e "que lhe parece impensável que o PS possa sequer abrir a boca sobre a questão". Ora, nenhum portugês se admira ao tomar conhecimento destas declarações. Todos sabemos que esta velha senhora, enquanto líder do seu partido, chegou a falar em suspensão da democracia se isso fosse necessário para tomar certas medidas políticas. Acrescento eu agora, à boa maneira de Salazar. Esqueceu-se a D. Manuela que vivemos num país livre e democrático e que num país livre e democrático há partidos e que os partidos, a não ser que sejam ilegalizados, têm o direito de "abrir a boca". E mais uma vez, sou obrigado a salientar a analogia das suas ideias com as do ditador de Santa Comba Dão. Salazar apenas admitia um partido: o dele. Todos os outros eram ilegalizados e os seus elementos mais activos eram presos.


Tudo isto seria irrelevante se pensássemos apenas que Manuela Ferreira Leite está morta em termos políticos. Mas temos que pensar numa enorme contradição relacionada com ela. Por nomeação do Presidente da República, seu amigo pessoal, Manuela Ferreira Leite é chanceler das ordens honoríficas portuguesas e de entre elas, pasme-se, a Ordem da Liberdade. Como é possível?

1 comentário:

500 disse...

A dona Manuela, um dos piores ministros das Finanças (e não só)da nossa História, destila ódio em relação ao Sócrates, a quem não perdoa a derrota.