quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A electricidade e o gás são bens essenciais. O vinho não.

É dado como certo que a electricidade e o gás vão ser taxados em IVA à taxa máxima. Em consequência dessa medida insensata, estes bens essenciais para a vida das pessoas vão sofrer um aumento de preço que abala os orçamentos familiares da classe média. Fala-se, entretanto, que outros produtos poderão também ter aumento de IVA. Os mais falados hoje foram o pão e o vinho. Se houver aumento de IVA para o pão, a medida não será só insensata, mas será sobretudo cruel. Quanto ao vinho: Se passar a ser taxado ao nível máximo de 23 por cento, de certo que vai aumentar o preço de venda ao consumidor. Mas o vinho, sendo um produto importante para a economia portuguesa, não é um bem essencial. As pessoas para terem alguma qualidade de vida necessitam de consumir pão, electricidade e gás. Não necessitam de consumir vinho. Por outro lado, o maior peso do vinho na nossa economia diz respeito àquele que é exportado e, por isso, o seu preço de venda não depende de qualquer variação das taxas do IVA. Então, se é preciso rapidamente cobrar mais impostos, aumente-se o IVA do vinho e não de outros produtos considerados como bens essenciais. Sei, no entanto, que há um senão: Apesar de se beber muito vinho em Portugal (até em excesso), consome-se menos do que pão, electricidade e gás. E o Governo sabe disso.

2 comentários:

500 disse...

Em absoluto desacordo. Então não é que beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses?
Agora, a sério: o vinho já não está barato e embora não sendo um bem essencial, como o pão ou a electricidade, sustenta milhares de famílias.

Luís Maia disse...

Vc não tinha pensado no que lhe disse o quinhentos e na retracção do consumo em Portugal ?

De qualquer modo os milhões que votaram nesta cambada do laranjal mais no sonso do Portas, devem aprovar, logo eu que sou da minoria inconsciente devo meter a viola no saco