segunda-feira, 2 de junho de 2014

Sair "...de pé, como as árvores!"

Em Portugal não há, nem nunca houve eleições para primeiro-ministro. Aliás, é um dos cargos políticos que não é eleito, mas sim nomeado. E a sua nomeação é da competência do Presidente da República, depois de ter ouvido os partidos políticos com representação parlamentar e tendo em conta os resultados eleitorais para a Assembleia da República. Os cidadãos já sabem, quando vão votar para elegerem os deputados para a Assembleia da República, que é quase certo que será primeiro-ministro o líder do partido mais votado. E já agora: Em quantos países na Europa, ou até no Mundo, há eleições para Chefe de Governo? Quer dizer então que não havendo eleições nacionais para primeiro-ministro, não tem sentido haver primárias para se eleger um candidato a disputá-las. Então, logo aí, a proposta do Tozé é completamente descabida.
E depois, eleições primárias, como? Quem pode votar nessas eleições: aqueles que forem arrebanhados pelos stafes dos candidatos; ou aqueles que forem arrebanhados pelos partidos da Oposição que preferem o candidato “mais fraco”? Por favor, Tozé, não inventes. Ouve as figuras proeminentes do partido. Ouve todos, mas todos os militantes. Ouve os independentes próximos do PS. Procura saber quem é mais capaz de unir o partido, a maioria dos portugueses e ciar um clima que consiga acabar com este governo neoliberal que está a empobrecer o país e os portugueses, excepto os detentores de grandes fortunas e os banqueiros. Mas, por favor, Tozé, não ouças, nem um só segundo, o aparelho do partido. Esses não querem saber do PS nem do País; só querem saber do seu futuro na política e das suas clientelas.

Há que saber sair “… de pé, como as árvores!”  

Sem comentários: