quinta-feira, 12 de junho de 2014

Está na hora!

Um político que se preze de ser um bom político deve saber quando chega a altura de entrar na primeira linha do combate político para poder ascender aos lugares da governação. Mas sobretudo saber quando chegou o tempo de sair.
Ora, o Tozé Seguro, sobretudo a partir do segundo governo de Sócrates, que teve de enfrentar uma enorme crise financeira internacional que afectou as dívidas soberanas de muitos países, intuiu que com a conivência de Cavaco Silva haveria eleições antecipadas, que o PS as perderia e que causariam a queda do Governo e do próprio Sócrates. Começou então, sem grandes ondas e subtilmente, a ganhar o controlo do chamado aparelho, fazendo aquilo que nos partidos é conhecido pelo “circuito da carne assada” – almoços e jantares com dirigentes locais e suas famílias (muito importante as famílias). E, assim, se fez líder do PS.
Mas o Tozé, passados três anos em que o país está a ser vítima de um governo que sujeitou o Povo a uma maldita austeridade que só os empobreceu – país e Povo – não consegue ganhar a confiança dos seus concidadãos para se apresentar como alternativa (não alternância, como ele sente que pode ser) a formar um governo que dê aos portugueses, sobretudo à classe média mais conotada com os princípios programáticos do socialismo democrático e da verdadeira social-democracia, uma esperança de melhor vida para si e sobretudo para os seus filhos.
Pois bem, após a vitória de Pirro nas eleições europeias, aparecem vozes no próprio partido que manifestando desencanto com a situação falam que é preciso mudar a estratégia e…, não só! Surge então alguém, com muita credibilidade no partido e no país, que se diz disposto a liderar uma alternativa no partido que seja ponto de partida para uma alternativa no país. E esta possível alternativa é considerada bem-vinda por significativa percentagem de militantes do PS, por grande percentagem de simpatizantes do partido e por muitos cidadãos. Só não é bem -vinda, ou bem vista pela Direita. Porquê? Claro, dizem eles em surdina: o Tozé é a grande esperança para uma possível vitória nas próximas legislativas.
E só o Tozé não enxerga, por estar tão agarrado ao poder.

Abre os olhos Tozé; está na hora de saíres, para bem do partido, mas sobretudo para bem dos portugueses e do país! Por favor; faz-me a vontade, não só a mim mas a muitíssimos portugueses! 

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