domingo, 1 de junho de 2014

PARTIDO SOCIALISTA

O que se está a passar no PS não augura nada de bom, seja para o partido, seja, até, para a democracia em Portugal.
Seja qual for a nossa "cor", é indesmentível que só um PS unido e com uma liderança capaz poderá fazer hoje uma boa oposição e concretizar amanhã uma boa governação.
É opinião comum, de que partilho, que a actual liderança é frouxa e errática. E nem as proclamadas duas vitórias eleitorais conseguem esconder o desinteresse do eleitorado pelas propostas do partido da rosa.
É necessário recordar que nas Autárquicas o PS perdeu várias câmaras importantes e apenas conseguiu retirar uma capital de distrito ao PSD.
E nas Europeias não conseguiu atrair os votos dos descontentes com o governo (que sofreu uma humilhante derrota), deixando escapar para as margens votos que deveria ter segurado. Os candidatos do PS deixaram que a Direita liderasse o "discurso" trauliteiro e personalizado da campanha, limitando-se a ir a correr apanhar as canas do foguetório. O resultado viu-se: "uma grande vitória", no dizer de Seguro.
Como é que o PS pode aspirar a ser governo na sequência das próximas legislativas com os votos de 32% de 1/3 do eleitorado?
Era mais que evidente que muitos militantes, dirigentes  e figuras gradas começassem a interrogar-se sobre o caminho que tem sido seguido e, mais importante, sobre o caminho a seguir. Não é, assim, de admirar que António Costa (parece que agora irrevogavelmente), tenha dado um murro na mesa, querendo saber qual a estratégia e a táctica dos próximos jogos. Seguro diz que está seguro no seu posto, propondo, entretanto, umas "primárias" para primeiro-ministro, de modo a que podíamos vir a assistir a uma liderança bicéfala, a modos do BE. Não creio que tal modelo convença o eleitorado. Julgo que terá que haver uma profunda clarificação do programa que o PS irá apresentar ao eleitorado e não será com retóricas, lugares comuns e entorses estatutárias que o PS atrairá os descontentes com a governação actual.
Seguro, afinal, tem medo de quê?
Assunto a seguir.

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