Já todos sabíamos que o primeiro-ministro que
infelizmente nos governa, por obra e graça de Cavaco Silva, é prepotente e mal criado.
Mas, o episódio do recente, mas já famoso, manifesto dos setenta e quatro,
sobre a reestruturação da dívida pública, veio confirmar. Pedro Passos Coelho,
mostrando o maior desrespeito para muitas pessoas a quem ele não chega sequer
aos calcanhares, tratou-os quase como se fossem gente menor, a quem ele
sarcasticamente chamou de “gente tão bem informada” que não está a defender os
interesses do país. E, sobretudo, pelo tom zangado com que falou, levou a que
muita da sua gente, mais propriamente os capachos que gravitam à sua volta, se
pusessem aos gritos chamando aos subscritores do documento coisas como irresponsáveis
e quase traidores da Pátria. Para haver alguma semelhança com os maus tempos do
Estado Novo, só faltou mandar perseguir os subscritores do satânico documento.
Já falta pouco, não?
Ao que chegámos, num Estado de Direito democrático!
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