terça-feira, 18 de março de 2014

Tanta expectativa para quê?

Tanta expectativa para quê?
Quando se soube da carta que o primeiro-ministro Passos Coelho enviou a António José Seguro, convidando-o para uma reunião com o objectivo de estabelecer um consenso sobre o pós-troika, na véspera de entregar o “Documento de Estratégia Orçamental – DEO” em Bruxelas, gerou-se uma expectativa completamente despropositada. Primeiro questionava-se se Seguro ia ou não ia; depois, questionava-se se, indo, aceitaria qualquer tipo de acordo. Ora, se relativamente ao ir ou não ainda poderia haver divisão de opiniões e, por isso, alguma expectativa, poucas dúvidas havia quanto à possibilidade de se gerar algum consenso. Esta palavra referida vezes sem conta pelos membros do Governo, por dirigentes dos partidos da maioria e até pelo Presidente da República, significa acordo, mas para eles significa concordo! É isso que eles pedem ao PS e sobretudo ao seu líder António José Seguro. Portanto, este só poderia dizer não. Caso contrário trairia o partido – não só os seus militantes, mas também os seus simpatizantes e votantes – e muitos portugueses que não aceitam esta maldita austeridade e querem uma política alternativa que equilibre, sim, as contas públicas, mas que acabe com o empobrecimento do país e dos portugueses em geral.
Seguro não podia fazer outra coisa, e fê-lo bem.  















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