Aqui há tempos foi noticiado que o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, tinha falado de forma arrogante, e até um pouco mal criada, num Conselho de Ministros com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, sem que o primeiro-ministro o tenha chamado à atenção. Bom, passados alguns, poucos, dias o próprio chefe de Governo começou a esvaziar aquele ministério, criando comissões para acompanhamento de algumas actividades, como sucedeu, por exemplo, com a criada para gerir o dossier das SCUTes, liderada por António Borges. Para além disso, ao ministro Álvaro foram tirados a liderança da Concertação Social, a responsabilidade e coordenação do grupo de trabalho destinado a combater o desemprego jovem e, suprema humilhação, a responsabilidade da gestão dos fundos comunitários do QREN. Na prática, o Álvaro não pode gastar um cêntimo sem autorização do Gaspar. Então, pergunta-se: Para que serve este ministro das Finanças?A resposta é fácil: Serve para nada. É um autêntico "verbo de encher". E pior do que isso, é não ter a dignidade de se demitir.
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3 comentários:
«Então, pergunta-se: Para que serve este ministro das Finanças?A resposta é fácil: Serve para nada. É um autêntico "verbo de encher". E pior do que isso, é não ter a dignidade de se demitir.»
Lapso de escrita. «este ministro das Finanças» deve ser substituído por «este ministro da Economia».
E eu devo receber uma medalha por ler com a atenção e ser sarcástico na chamada de atenção.
Funes, que regressou ao activo (dei-me hoje conta, que também tenho andado arredado da bloga), deixa um comentário pertinente, como só ele, e já está a querer esmifrar uma medalha, como se este local fosse comparável ao de Belém, onde quem passa se arrisca a ficar com uma espetada na banda co casaco ou pendurada ao pescoço. Cuidado, 4-pereiró, não é de embarcar em naus com mestres destes.
Quanto ao Álvaro: eu gostava de saber quem é que descobriu o senhor, que estava no bem-bom em Vancouver, dando umas lições de economia, escrevendo uns livros (que não li) e uns artigos para o Público (que, francamente, não apreciei) e cujos conhecimentos sobre a realidade portuguesa deviam ser os transmitidos pela RTP Internacional e pelos editoriais do José Manuel Fernandes.
Seja como tiver sido, o senhor aceitou (fez mal) ser ministro de uma balbúrdia ingovernável, tendo aceitado, ao que suponho, receber como secretários de Estado uns outros senhores que ele nunca tinha visto na vida.
Claro que o Gaspar, como capataz da troika,quer ter o controlo do cacau. O Passos Coelho não tem escolha. E até admito que o Álvaro se sinta mal e possa querer sair, mas não vão deixar que isso aconteça. Acontecerá a seu tempo, quando Passos entender. Salvo se o Álvaro surpreender e ao encher de tal modo o saco dê um murro na mesa (ou até no Gaspar, no Paulo no Relvas e no Passos), cousa que ficaria para os anais.
Agradeço a Funes, o memorioso ter-me chamado à atenção pelo lapso que cometi. De facto, quando pergunto: para que serve este ministro das Finanças, queria dizer: para que serve este ministro da Economia. As minhas desculpas pelo engano.
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