sábado, 17 de março de 2012

Onde anda o PS?

Onde anda o PS, é mesmo a pergunta que apetece fazer, tendo em conta que o Partido esteve praticamente ausente do debate político, como maior partido da Oposição, nos últimos dias da semana passada e na semana que agora acaba. É verdade que António José Seguro andou preocupado com o interior do país e com a saúde dos portugueses, questionando principalmente o grande aumento da mortalidade na população idosa, mas perdeu uma enorme oportunidade de fazer uma oposição enérgica e mostrar aos portugueses que vai lutar a seu lado contra esta política do governo ultra liberal que prefere não atacar os grandes lucros da EDP (e os prémios do Mexia) a baixar para os consumidores (sobretudo para o Povo) o preço da energia eléctrica.
Para além de não ter feito grandes reparos ao golpe financeiro tentado pela Lusoponte de Ferreira do Amaral, o PS não fez oposição como devia ao denunciar dois casos políticos graves:
- A saída do ex-Secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, que ousou enfrentar a EDP;
- E o golpe palaciano que o ministro da Educação, Nuno Crato, planeou para afastar a anterior Administração da empresa Parque Escolar.
Quanto à saída de Henrique Gomes, o PS muito pouco disse, deixando passar a oportunidade de desmascarar a vergonhosa vassalagem a António Mexia que, nas questões energéticas, se julga a segunda figura do Governo, sendo que a primeira é Victor Gaspar. Passos Coelho, primeiro ministro, porta-se como se fosse o último.
Quanto ao golpe palaciano do ministro Nuno Crato. Praticamente passou despercebido. Quando há dias foi ao Parlamento, Nuno Crato fez acusações graves à gestão da Parque Escolar, acusando aquela empresa de ter gasto na construção, reconstrução e recuperação de escolas, mais de 400% do valor inicialmente orçamentado. Promoveu a polémica, fomentou os comentários mais intratáveis que podemos imaginar, o que levou a que a anterior Administração se sentisse atingida na sua dignidade e se demitisse. Veio agora a saber-se por um último relatório que, havendo desvios de custos, é certo, nada foram parecidos com os que o ministro “denunciou”. Mais, sobre certos aspectos, aquela Administração até recebeu referências elogiosas. Que concluir disto? Só pode ser, que o ministro quis arranjar um motivo para substituir a gestão da Parque Escolar. Uma vergonha! E o PS, o que fez, sabendo até que Nuno Crato tudo fará para dar a machadada na Escola Pública? De visível, nada. Não pode ser



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