Para que não haja dúvidas, quero esclarecer que não concordei com a greve geral de ontem, tal como não concordei com todas as outras que foram feitas, porque acho que com elas os mais prejudicados são todos aqueles trabalhadores que trabalham no sector privado (sobretudo nas pequenas empresas) não financeiro ou dos transportes. A greve é um direito consagrado na Constituição, e bem, mas que deve ser usado em caso extremo e não banalizado. Mas, por ser um direito, cada trabalhador é livre de o utilizar ou não. Quer dizer: Quando há greve, quem quer aderir a ela, adere, quem não quer fazer greve, tem todo o direito a trabalhar. Por isso, não pode acontecer que grevistas, se ponham a obstruir o caminho a camiões para recolha de lixo ou a autocarros de transportes colectivos cujos motoristas, por razões que só a eles dizem respeito, e que toda a gente tem que respeitar, não aderiram à greve.
É evidente que se houver violações à ordem pública a polícia tem que impor a autoridade do Estado. Mas deve fazê-lo, de forma enérgica se necessário for, mas sem recorrer a meios e atitudes completamente desproporcionais e que se tornam em autênticos actos de agressão, incluindo a repórteres, mesmo após terem invocado a sua condição e sem que tenham feito qualquer gesto agressivo. Correm vídeos no You Tube e em outros sites da internet em que se vêm agentes policiais a actuarem como se estivessem completamente transtornados e sedentos de vingança. Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, disse que a polícia actuou com os mesmos tiques dos tempos da ditadura. Ora, eu acho que actuou muito pior. Não é admissível num Estado de Direito e leva-nos a pensar: Como actuará a polícia se a indignação dos portugueses os levar a fazer protestos do tipo dos que aconteceram na Grécia; corre-os aos tiros?
Reprovo também a maneira ligeira e despropositada como uma sub-comissária justificou a actuação da polícia. Os seus argumentos levam-nos a pensar que os agentes, tendo sido agredidos, quizeram fazer justiça pelas suas próprias mãos.
Já agora: Espero uma tomada de posição das organizações sindicais da PSP.
É evidente que se houver violações à ordem pública a polícia tem que impor a autoridade do Estado. Mas deve fazê-lo, de forma enérgica se necessário for, mas sem recorrer a meios e atitudes completamente desproporcionais e que se tornam em autênticos actos de agressão, incluindo a repórteres, mesmo após terem invocado a sua condição e sem que tenham feito qualquer gesto agressivo. Correm vídeos no You Tube e em outros sites da internet em que se vêm agentes policiais a actuarem como se estivessem completamente transtornados e sedentos de vingança. Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, disse que a polícia actuou com os mesmos tiques dos tempos da ditadura. Ora, eu acho que actuou muito pior. Não é admissível num Estado de Direito e leva-nos a pensar: Como actuará a polícia se a indignação dos portugueses os levar a fazer protestos do tipo dos que aconteceram na Grécia; corre-os aos tiros?
Reprovo também a maneira ligeira e despropositada como uma sub-comissária justificou a actuação da polícia. Os seus argumentos levam-nos a pensar que os agentes, tendo sido agredidos, quizeram fazer justiça pelas suas próprias mãos.
Já agora: Espero uma tomada de posição das organizações sindicais da PSP.
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