No debate quinzenal de hoje na Assembleia da República, alguns partidos da Oposição trouxeram à discussão a privatização do BPN, banco que após a nacionalização tem sugado ao Estado (e por arrastamento aos contribuintes) uns milhares de milhões de euros. Dizem os entendidos à volta de oito mil milhões. Ora, como sabíamos, e hoje ficámos com a certeza, o BPN foi vendido ao BIC - banco cujo capital é maioritariamente angolano, gerido em Portugal pelo ex-ministro de Cavaco Silva, Mira Amaral (muito conhecido ultimamente por ser uma espécie de rei das reformas) por quarenta milhões de euros, um valor praticamente simbólico tendo em conta o valor que o Estado português já teve que injectar nele. Por isso, muita gente diz que o BPN foi vendido ao "preço da uva mijona". Entretanto hoje, em entrevista que vi no Telejornal da RTP, Mira Amaral chega a dizer que, nesta altura, o banco já não vale aquele valor, pelo que o negócio já não lhes é muito favorável. É praticamente um favor ao Estado, mas fazem-no, porque são homens de palavra. Fiquei comovido. Este Mira Amaral é um verdadeiro altruísta. Vejam lá meus caros concidadãos o que lhe vamos ficar a dever. E ainda há quem não goste do homem. Que ingratidão!
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