segunda-feira, 26 de março de 2012

Poupar, poupar, como Salazar poupou ...

Álvaro, o ministro faz de conta da Economia é hoje em dia um dos mais acérrimos inimigos do PS. Mal lhe põem um microfone em frente à boca desata logo a bater neste partido da oposição. De tal modo se entusiasma que muitas vezes só diz disparates.

No fim do congresso do PPD, lá vinha o Álvaro todo eufórico aos cumprimentos e aos beijinhos como se estivesse a festejar um qualquer êxito da sua governação. Puseram-lhe um microfone à frente e ..., zás, toca a atacar o PS. Que o PS tinha gasto muito dinheiro, nomeadamente com as parcerias público-privadas, mas que este governo tinha tomado as devidas providências, acabando com muitas delas e renegociando outras ..., para poupar. Quer dizer: Parou e desinterssou-se de muitos investimentos porque era preciso poupar. Quando ouvi isto, lembrei-me que Salazar quando chegou ao Governo de Portugal a regra era: Poupar. O que era preciso era dinheiro e ouro nos cofres do Banco de Portugal. Ouro que, como sabemos, vinha da África do Sul como contrapartida da ida de moçambicanos para as minas daquele país. Uma espécie de pagamento pelo trabalho de escravos. É verdade, Salazar poupou, mas deixou um país que em termos de desenvolvimento estava perto dos países do terceiro mundo: Muitos analfabetos, muitas terras do interior sem energia eléctrica, muitas casas sem esgotos ligados a redes de saneamento, escassos cuidados de saúde (só os ricos tinham razoáveis cuidados de saúde nas clínicas privadas ou nos "quartos particulares" dos hospitais públicos), ensino só para alguns, etc, etc. Um atraso que, apesar do muito que foi feito, ainda precisa de mais outros quase quarenta anos para ser recuperado. Mas, pelos vistos o Portugal do Estado Novo é o sonho de país que o Álvaro quer. Mas, Dr. Álvaro: o senhor nem para ministro de Salazar servia, sabe porquê? Porque fala muito e acerta pouco. E já agora, por graça: também, porque não anda de chapéu, pois não?

2 comentários:

Anónimo disse...

não foi para poupar no sentido da palavra , foi para que não fique empenhado até bater as botas , claro que não irá conseguir ver isso .

Anónimo disse...

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/perigo-na-linha-de-sintra

um relato de dois jornalistas , mas vivemos ou não vivemos melhor ? animação não nos falta !