Neste Congresso do PPD, que foi "um congresso vazio de conteúdos" como alguém disse, aconteceram coisas esquisitas. Vasco Pulido Valente no "Opinião" de hoje no Jornal Público fala em ..."irredimível vacuidade do exercício" e em "horas sem fim as galinhas cacarejam e a capoeira bate palmas por nada e para nada". Mas há duas coisas das quais não posso deixar de falar.
A primeira diz respeito à triste figura dos congressistas, incluindo o Presidente da Mesa e os outros elementos da mesma, em virtude duma daquelas "ideias malucas" (para não lhes chamar outra coisa) da Jota PPD. Propuseram os rapazes que todos os órgãos dirigentes do Partido fossem eleitos em eleições directas e não em Congresso. A proposta foi aceite, foi votada e aprovada por maioria. Então, a partir dali, pouco mais haveria a fazer do que ouvir o tal cacarejo das galinhas de que falou Vasco Pulido Valente, e o parido iria funcionar durante algum tempo, com líder eleito, mas a dirigir o partido sozinho sem qualquer outro órgão directivo, até que se realizassem as tais eleições. Resultado: a votação "não valeu" (como nas brincadeiras dos miúdos) e toca a votar outra vez. E em segunda votação a "ideia maluca" não passou.
A segunda coisa que quero referir, diz respeito a uma parte engraçada do novo programa(?) apresentado ao congresso, como um programa moderno e cheio de outros adjectivos. Nele se proclama que a doutrina do PPD é a "social democracia à portuguesa". Ora, eu já conhecia o cozido à portuguesa, o arroz à portuguesa, os caracóis à portuguesa e outras coisas mais. Nunca tinha ouvido falar, nem eu, nem ninguém, de social democracia à portuguesa que, em meu entender, atendendo às sucessivas governações do PPD, se devia chamar neoliberalismo à portuguesa.
Estes tipos são uns pândegos, não são? Só podem!
1 comentário:
E esqueceu-se de uma outra "à portuguesa", que é feita com bacalhau cru, a que se chama punheta.
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