sexta-feira, 7 de maio de 2010

O Chinfrim do costume

A comunicação social está, como de costume, a fazer um chinfrim sobre o incidente ocorrido no Parlamento entre o deputado Ricardo Rodrigues e dois jornalistas da revista Sábado.
É verdade que a atitude daquele deputado é reprovável, mas reprovável é também a atitude dos jornalistas entrevistadores que, como muito bem disse o deputado ofendido, fizeram perguntas em tom inaceitavelmente persecutório, sobre temas do passado, alguns dos quais diziam respeito a casos tratados pela justiça e dos quais foi absolvido por sentenças transitadas em julgado ou não acusado.
Disto tudo, mais uma vez as vítimas são os jornalistas que acham que o tal direito de informar lhes permite ofender e ferir os direitos fundamentais das outras pessoas, como o direito ao seu bom nome e o direito a não ver violada a sua vida privada.

1 comentário:

500 disse...

Claro que os media qurem sangue, fresco, de preferêncira, isto é, de alguém importante ou tido como tal. Mas o deputado em questão deveria saber ao que ia. Confiou, só para vir na Sábado? E logo que lhe fizeram perguntas fora do guião ou descabidas deveria dar por terminada a entrevista. Compreendo que um cidadão comum possa ter um gesto como o dele, mas um advogado e político desde há muito não pode ter gestos irreflectidos como o seu. E, como é evidente, a revista vai continuar a fazer o seu papel, com queixas para tudo que é sítio. Tem que vender, não é? E os seus colegas de ofício, os da oposição, vão aproveitar a maré. Faz parte das regras.