segunda-feira, 31 de maio de 2010

A crise e o futebol

A crise económico-financeira que eclodiu por todo o mundo, afectou bancos, outras empresas dos sectores públicos e privados dos diversos países, cidadãos de um modo geral, sobretudo os de menos recursos, todos os sectores dos diversos Estados, incluindo os seus servidores, os políticos de um modo geral, os governantes e até os Chefes de Estado.
Onde a crise parce não ter chegado é ao futebol. Por causa do Campeonato do Mundo, a época futebolística acabou por toda a Europa e pensa-se já na época seguinte. Mais uma vez se fala em movimentações de jogadores e treinadores, com transferências e contratações a atingirem somas de dinheiro elevadíssimas, da ordem dos milhões de euros. Como é possível?
Mas, se pouco nos interessa o que se passa lá fora, embora a crise seja global, interessa-nos, e muito, o que se passa em Portugal. Todos os dias ouvimos falar que este e aquele clube vai reforçar a sua equipa, contratar novos treinadores, vender e comprar jogadores, como se tratasse de mercadoria. Sabemos que todos os clubes portugueses estão em situação de falência ou perto dela, e que alguns deles só sobrevivem porque não pagam ao Estado os impostos que retêm e recebem subsídios em dinheiro ou em ajudas, através de despesas suportadas pelas autarquias , que vão direitinhos para o futebol profissional , cujas despesas são muitíssimo superiores às receitas. Esta situação é imoral! Cada vez há mais cidadãos a passar fome, dada a situação de pobreza em que caíram, por força de lhes terem sido diminuídas ou retiradas as ajudas sociais. Temos que dizer basta! Há que acabar com as mordomias dos senhores do futebol. Quem não tem dinheiro não tem vícios! Tudo sucede porque é grande a promiscuidade entre estes senhores e os senhores da política. É que a paixão do futebol é cega e as pessoas mesmo que passem mal, votam naqueles que ajudam o seu clube a ter vitórias! É tempo de acabar com isto.

Sem comentários: