sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mota Amaral

Mota Amaral não é um político com que me identifique, muito embora reconheça há muito tempo que é uma pessoa correcta, educada e respeitadora dos direitos fundamentais dos outros.
Tomou por estes dias próximos passados duas posições políticas com as quais me identifico e que quero referir:
1ª. Como presidente da comissão parlamentar de inquérito ao negócio PT/TVI, Mota Amaral despachou, contra a vontade do seu partido de que foi relevante fundador, que as certidões enviadas pelo tribunal de Aveiro sobre as escutas do processo face oculta, não podiam ser objecto de discussão nas reuniões da comissão, nem citadas no relatório final, porque segundo a sua opinião isso seria inconstitucional.
2ª. Mota Amaral é de opinião que se devia diminuir o número de deputados na Assembeia da República, ideia que muita gente perfilha em surdina, mas que não têm a coragem de assumir publicamente. Efectivamente, não se justifica que um país pequeno como Portugal tenha um Parlamento com duzentos e trinta deputados. Creio que cento e cinquenta seriam suficientes, mas como isso implicaria rever a Constituição, podia e devia já reduzir-se o número de deputados para cento e oitenta, o mínimo previsto pela lei fundamental. É óbvio que seria necessário um ajuste nos círculos eleitorais, para que o princípio da representação proporcional não fosse afectada.

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