domingo, 18 de outubro de 2015

De que têm medo?

É uma vergonha o que se está a passar em Angola, com a prisão de jovens activistas que fazem parte de um movimento de protesto contra o regime autoritário – para não lhe chamar ditadura – que reina naquele país.
Não se conformando com a prepotência dos senhores do regime que governam o país e que sobretudo se governam (eles e as suas famílias enriquecem e o povo sobrevive), alguns jovens resolveram levar a cabo várias acções para chamarem a atenção da Comunidade Internacional. E, como sempre sucede com aquele tipo de gente, foram presos, provavelmente seviciados, acusados de rebelião e, pasme-se, de golpe de Estado!
Ora, um destes contestatários é luso-angolano, portanto, cidadão angolano mas também cidadão português, e resolveu entrar em greve de fome para reforçar o protesto e dizer ao mundo que está disposto a dar a vida pela democracia e pela liberdade em Angola. O seu estado de saúde é extremamente grave e as autoridades angolanas mostram-se completamente desinteressadas do desfecho que possa acontecer.
Toda esta situação tem provocado o desagrado ou pelo menos a preocupação da comunidade internacional, sobretudo nas chamadas democracias ocidentais. E em Portugal? Bom, em Portugal o governo assobia para o tecto e sacode a água do capote. Dizem, o primeiro-ministro e o ministro dos negócios estrangeiros, que se trata de um assunto interno de Angola. Não comentam. Pergunto: De que têm medo? Se calhar que a filha do ditador não compre mais empresas portuguesas a preço de saldo. Será?


1 comentário:

500 disse...

Ao que parece, um qualquer funcionário da embaixada portuguesa em Angola visitou, com membros de outros países da UE, o luso-angolano. Do nosso ministros dos Negócios Estrangeiros nada soou, do primeiro-ministro idem e de su celência outro tanto. Uma vergonha. Se o cidadão resistir vai certamente pedir a escusa de ser português (e angolano, já agora).