terça-feira, 6 de outubro de 2015

Vele a pena ser um político honesto?

Pergunto: Vale a pena um político ser honesto? Se calhar não vale a pena, já que parece que o desonesto, ou se quisermos o mentiroso, tem melhor aceitação que o honesto. Vem isto a propósito dos resultados destas últimas eleições legislativas.
Se não, vejamos:
Relativamente a Passos Coelho, já nem vale a pena falar daquelas cenas da campanha eleitoral das legislativas de 2011, onde prometeu não fazer aquilo que fez, enquanto governo. Depois, seria exaustivo enumerar as centenas (ou até milhares?) de mentiras que disse e todas as trafulhices que fez durante a governação, como manobrar e mandar manobrar os números do desemprego, da inflação, do défice, etc, etc. Ah! e agora durante a campanha, o corta ou não corta os 600 milhões nas pensões, são o melhor exemplo de como podemos avaliar a sua palavra.
E Portas? Nem vale a pena perder tempo com tal figurante. A célebre demissão irrevogável, que depois revogou, definem a seriedade e a palavra de honra (de quê?) do tipo.
António Costa, como Homem honesto que é, disse aos portugueses que não fazia promessas que não pudesse cumprir e apresentou um programa de governo credível, elaborado por conceituados economistas, para que os portuguese votassem sabendo como iriam ser governados.
Resultado: Passos Coelho e Paulo Portas, apesar de terem perdido mais de 700 mil votos foram mais votados do que António Costa que, apesar de tudo, subiu a votação do PS relativamente às anteriores eleições legislativas.

Perante isto, é ou não legítimo questionar se vale a pena um político ser honesto?      

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