Mal tive conhecimento que as
organizações sindicais de professores, nomeadamente a Fenprof, tinham entregado
um pré-aviso de greve para o primeiro dia dos exames nacionais, manifestei
neste blog a meu desacordo quanto à oportunidade da mesma. Pois, mesmo tendo em
conta que o Governo tem maltratado os professores, acho que o interesse dos
alunos se sobrepõe à justa luta dos professores.
Passado o dia da greve, quero fazer
algumas considerações relacionadas com ela.
Nem Governo nem sindicatos podem cantar
vitória, bem pelo contrário, e quem mais perdeu foram os alunos, quer os que
não puderam fazer os exames, quer os que os fizeram, sem as devidas condições e
o sossego a que tinham direito. Quem ficou mal, mesmo muito mal na fotografia,
foi o Governo que pela sua arrogância, pela vontade de criar conflitos (está
sempre pronto para um barulhinho) e para quem negociar é impor a sua vontade,
não foi capaz de evitar o prejuízo dos alunos. E era tão fácil! Bastava não
fazer o chinfrim que promoveu ou, uma vez feito o chinfrim, podia ter alterado previamente
o dia do exame e tinha defendido a equidade. Assim, por muito que diga que as
condições são iguais para os alunos fizeram o exame e para os que só o vão
poder fazer no dia 2 de Julho, não convence ninguém. O Governo devia saber que
uma mentira por muito que seja dita, não deixa de ser mentira.
E já agora que falamos de mentiras, espero
que pelas gravações das reuniões entre o Governo e os sindicatos se fique a
saber quem de facto mentiu. Se Mário Nogueira, líder da Frenprof, ou o Governo,
incluindo o aprendiz de ministro Poiares Maduro.
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