Quando ontem à noite, ao início da madrugada, ouvi o
comunicado do Conselho de Estado, relativo à reunião entretanto acabada, pensei
cá para mim e para mim e para os meus botões: Mas que grande aldrabice! Não me
acredito que para discutir as “Perspectivas da Economia Portuguesa no
Pós-Troika”, fossem necessárias sete horas. Nem me acredito que pelo menos
alguns conselheiros não tivessem falado nos problemas do presente, tendo em
conta o enorme descontentamento duma larga maioria dos cidadãos, e da crise
política que já se sente. Ou será que não chega ver dirigentes da bancada
parlamentar do PPD pedir a saída do Gaspar, ver dirigentes do CDS a apontar o
dedo a Passos Coelho de não ter aprovado o PEC IV porque queria o poder a todo
o custo, ou pior, ver Passos Coelho a espetar facadas nas costas do Portas, e
ver o Portas a espetar facadas nas costas do Passos Coelho, para se concluir
que o Governo está preso por arames?
Pois bem, correm hoje notícias que vários conselheiros
não só falaram em crise política, como acharam que a situação só pode ser resolvida
com eleições. Mas, S Exa, o Venerando, que não abdica de continuar o “faz de
conta”, de assobiar pata o tecto e de não
fazer nada, impôs, dizem, que o comunicado final apenas abordasse o tema
oficial da reunião. Que pretendeu Cavaco; enganar os portugueses? Os
portugueses não são saloios, como ele pensa. Por isso lhe atribuem a mais baixa
popularidade que alguma vez atribuíram a qualquer um dos outros presidentes. Se
calhar até gostavam de o ver pelas costas. E rapidamente, não?
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1 comentário:
Atenção: Cavaco nunca se engana e raramente tem dúvidas.
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