Já
hoje qualifiquei de aldrabão e de trapaceiro o terceiro-ministro Paulo Portas
por ter aceite, ainda que excepcionalmente, dizem eles, a TSU sobre as pensões.
Estou
a imaginar Passos Coelho, depois de ter aberto a reunião extraordinária do
Conselho de ministros de hoje, a informar os ministros que ele, primeiro-ministro,
e Gaspar, segundo-primeiro-ministro, têm que telefonar à Troika para lhes dizer
que sempre vai avante a tal TSU sobre as pensões, e assim considerarem fechada
a já famigerada sétima avaliação. Portas contesta e diz-lhe que prometeu ao
povo que não aceitava quaisquer taxas sobre as pensões, mas Passos Coelho “aponta-lhe
a faca ao peito” e diz-lhe: Ou dás o dito por não dito (e nisso és mestre), ou
para lá de ficares com o ónus da ruptura da coligação, vais deixar de ser
ministro dos Negócios Estrangeiros. Ah, para atenuar a reação do povo podemos é
mais uma vez enganá-lo dizendo que vamos procurar medidas alternativas para que
não seja necessário taxar as pensões. Pensa bem! E Portas que sonhou noites
inteiras com o cargo que ocupa, respirou fundo e disse a Passos: “Que se lixe.
Dou o dito por não dito”.
São
estes pantomineiros que governam o nosso país, com o apoio do padrinho Cavaco
Silva.
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