sexta-feira, 3 de maio de 2013

Que descaramento!


Já várias vezes disse que não tenho paciência para ouvir Pedro Passos Coelho, pois a criatura mente descaradamente, defende uma coisa e o seu contrário e dá cada pantomina quanto ao modo como atacar os problemas, que nos leva a concluir, sem qualquer dúvida, que estamos perante um bom pantomineiro.
Mas como as expectativas criadas em torno da comunicação de hoje eram grandes, resolvi vê-la. Desiludido? Não, não fiquei. Passos Coelho, na senda do que têm sido até aqui as suas comunicações, voltou a falar de medidas abstractas, sem apresentar uma única medida concreta, e mentiu e fez dos portugueses tolos ao dizer que estamos a recuperar da situação herdada em 2011, quando se sabe que o desemprego, a dívida, a recessão e sobretudo a pobreza, aumentaram exponencialmente. Ah! E lá deu, pelo menos, duas grandes pantominas:
- A idade da reforma fica na mesma aos 65 anos; mas só deixa de haver penalização no cálculo do valor da mesma aos sessenta e seis”.
- Não há aumento de impostos. Só diminuição da despesa. Mas a taxa de solidariedade vai aumentar para as reformas que já a pagam e vai ser alargada a muitas que, pelo seu baixo valor, não a estão a pagar. Então…, isto não é um imposto encapotado?
É preciso descaramento!    

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