Já
várias vezes disse que não tenho paciência para ouvir Pedro Passos Coelho, pois
a criatura mente descaradamente, defende uma coisa e o seu contrário e dá cada
pantomina quanto ao modo como atacar os problemas, que nos leva a concluir, sem
qualquer dúvida, que estamos perante um bom pantomineiro.
Mas
como as expectativas criadas em torno da comunicação de hoje eram grandes,
resolvi vê-la. Desiludido? Não, não fiquei. Passos Coelho, na senda do que têm
sido até aqui as suas comunicações, voltou a falar de medidas abstractas, sem
apresentar uma única medida concreta, e mentiu e fez dos portugueses tolos ao
dizer que estamos a recuperar da situação herdada em 2011, quando se sabe que o
desemprego, a dívida, a recessão e sobretudo a pobreza, aumentaram
exponencialmente. Ah! E lá deu, pelo menos, duas grandes pantominas:
- A
idade da reforma fica na mesma aos 65 anos; mas só deixa de haver penalização
no cálculo do valor da mesma aos sessenta e seis”.
-
Não há aumento de impostos. Só diminuição da despesa. Mas a taxa de solidariedade
vai aumentar para as reformas que já a pagam e vai ser alargada a muitas que,
pelo seu baixo valor, não a estão a pagar. Então…, isto não é um imposto
encapotado?
É preciso
descaramento!
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