É costume
dizer-se que as sondagens valem o que valem, mas são sempre um indicador
importante sobre o pensar e a vontade que os portugueses têm, em determinada
altura, dos assuntos sobre que são questionados.
Foi
divulgada este fim-de-semana uma sondagem para o Expresso e a SIC que só podia surpreender
quem tenha estado muito longe do país e não tivesse ouvido uma só notícia. Mas
se os resultados relativos aos partidos não mereceram grande relevo da maior
parte dos comentadores, já o resultado da popularidade de Cavaco Silva merece o
maior destaque, pois não há memória que um Presidente da República obtivesse um
resultado tão baixo. Cavaco ficou mesmo com um saldo negativo de opiniões, o
que quer dizer que, nesta altura, a maior parte dos portugueses têm muitas
críticas a fazer ao desempenho do seu Chefe de Estado. E isto é grave atendendo
ao momento complicado que vivemos, não só a nível externo, com uma Europa a
tratar-nos como se fossemos gente indigente, mas também e sobretudo a nível
interno com uma coligação aos pontapés uns aos outros, mesmo dentro do principal
partido que a compõe. Ora, é nos momentos de crise que os cidadãos se viram
para o seu Chefe de Estado e esperam dele firmeza e isenção para pôr alguma
ordem na vida política. Mas, o nosso Presidente não é firme, muito menos
isento, como comprovou no seu discurso do 25 de Abril e exerce o seu magistrado
com o lema do “não me comprometam”.
Infelizmente,
é o Presidente que temos!
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