Ouvi hoje num dos telejornais, o Presidente de uma associação patronal ligada ao turismo a apelar ao Governo que, relativamente à greve dos pilotos da TAP, decrete a requisição civil dos mesmos. Alega o referido senhor os prejuízos enormes que na época da Páscoa uma greve desta traz para o sector e, nomeadamente, para as agências de viagens.
É evidente que uma requisição civil aquando duma greve, acarreta enormes problemas para qualquer governo, pois é tido em conta como uma posição de força. Mas neste caso, em que não há mais ninguém para lá dos pilotos da TAP (e suas famílias directas) que compreenda e até aceite esta greve, não sei mesmo se é a retaliação que os pilotos merecem. Porquê a greve nas chamadas férias da Páscoa, se foi anunciada há tanto tempo? Porque eles sabem que causa mais prejuízos não só para a TAP, mas também para outros sectores da economia, e assim a pressão da greve é maior e pode ser que a reivindicação seja atendida. Ora, era bem feito que fossem objecto da tal requisição civil. Talvez para a próxima não brincassem com coisas sérias.
2 comentários:
Não conheço bem a lei que prevê a requisição civil, mas creio que é de difícil aplicação no caso presente.
O que digo é que os pilotos da TAP deviam ter vergonha da figura que se propõem fazer, eles que são previligiados no que respeita a salários e outras mordomias. Encerre-se a TAP de uma vez por todas, dado que ninguém a deve querer comprar. Eu não me posso dar ao luxo de sustentar a TAP.
erro: privilégio e não previlégio.
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