terça-feira, 9 de março de 2010

Outra vez a morte do miúdo Leandro

Sobre a trágica morte do miúdo Leandro, de Mirandela, tenho ouvido e lido muitas opiniões . Algumas sensatas, feitas por pessoas que sabem destas matérias, outras insensatas, quase sempre de jornalistas que procuram o sensacionalismo. Tenta-se imputar quase toda a culpa para as escolas, dizendo que as escolas devem ter um papel fundamental na educação dos jovens, na forma como devem respeitar-se entre si e respeitar os outros. E aligeira-se a responsabilidade dos pais. Mas os pais também fazem parte da escola. Têm representação nos seus órgãos de gestão. A escola é o espelho da sociedade; se a sociedade é violenta, torna-se difícil combater a violência na escola. Como é que jovens que têm violência em casa, que ouvem o pais a proferirem os mais ordinários insultos entre si , não hão-de ter comportamentos violentos na escola?


Critica-se o Ministério da Educação por dizer que estes fenómenos de insegurança não são novos. Pois não são, não! Para os sauodosistas eu quero contar-lhes o seguinte:


Há cinquenta anos, frequentava eu o segundo ano do liceu (correspondente ao 6º ano de agora), quando numa daquelas tardes dedicadas às actividades da Mocidade Portuguesa (estávamos todos fardados, como era obrigatório e com o célebre cinto com um S (de Salazar?) na fivela), dois colegas desentendem-se, agridem-se e, quando parecia que o assunto estava sanado, um deles puxa de uma navalha e espeta-a nas costas do outro. Portanto, os fenómenos de insegurança nas escolas não são novos. Têm é que ser combatidos e por todos os elementos da comunidade escolar de que os pais fazem parte.

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