A propósito do suicídio de um professor de música de uma escola de Sintra, voltou à ribalta o assunto "violência nas escolas". Mais uma vez se caiu no sensacionalismo, em vez de se ter optado pela serenidade e equilíbrio, como muito bem disse a ministra da Educação. Os jornalistas exploram estas situações de tragédia por conveniência de vendas ou de audiências, e esquecem-se que está em causa a vida e o futuro de crianças e jovens.
Quanto ao professor: ainda está por saber se o suicídio foi uma consequência do bullying; sabe-se que o professor era uma pessoa psicologicamente frágil e com dificuldade de se impor.
Quanto ao Leandro: já se vai dizendo que o rapaz talvez não quisesse suicidar-se, mas sim chamar a atenção; teria entrado no rio com intenção de sair, mas não o conseguiu fazer devido à forte corrente; os investigadores não o retratam apenas como vítima de violência escolar, mas também como agressor.
Tudo isto não invalida que se aproveite esta ocasião para tentar encontrar os meios de combater estes fenómenos de violência, até porque há, de certeza, escolas com mais casos destes, e mais sérios, do que os destas duas escolas de que agora se fala. Os objectivos deverão ser sempre quais as formas para enfrentar a indisciplina e a violência e não como evitar desesperos de alunos e professores.
Uma referência final para a infeliz intervenção (mais uma vez, é claro) de Mário Nogueira da Federação Nacional de Professores, que culpa a anterior ministra por ter ajudado a denegrir a profissão de professor. Uma tristeza Sr. Nogueira! A culpa não é da outra nem desta ministra. A culpa é dos pais, da sociedade em que estão inseridos, e também de pessoas como o senhor que, no interesse coorporativo, são capazes de tudo.
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