sexta-feira, 26 de março de 2010

O PEC

Quanto mais vou lendo e ouvindo sobre o Plano de Estabilidade e Crescimento, mais me convenço que as pessoas pertencentes às classes média e média baixa são aquelas que vão pagar a maior percentagem da factura. Depois destas, são as pessoas socialmente mais desfavorecidas que vão ser afectadas, pois a maior redução da despesa vai fazer-se à custa da diminuição das verbas para a Segurança Social. Os portugueses mais pobres vão ficar mais desprotegidos. Não há equidade na repartição dos sacrifícios. Porque não se tributam já as mais valias bolsistas? Porque razão o sistema financeiro, principal responsável pela crise em que caímos, não contribui, pagando mais imposto sobre os grandes lucros que continuam a ter? Porque não criar uma contribuição especial para a Segurança Social sobre os prémios auferidos pelos gestores das empresas públicas e privadas. Este plano não parece elaborado pelo Partido Socialista, que não pode esquecer nestas alturas a sua identidade partidária. Como diz, e bem Mário Soares: "Servimos, para servir as classes mais desfavorecidas". Com este PEC não me parece.

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