sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Ó vira que vira e volta a virar

Ó vira que vira e volta a virar…
É o título que se pode dar a qualquer comentário sobre a posição do primeiro-ministro Passos Coelho  quanto à chamada resolução do mal enterrado Banco Espírito Santo.
Todos nos lembramos de termos ouvido Passos Coelho, Miss swaps – a ministra das Finanças –, e até o professor das ditas (as Finanças) Aníbal Cavaco Silva de seu nome, gabarem a solução encontrada por Carlos Costa – o (des)Governador do Banco de Portugal – para a resolução do BES. Disse Passos Coelho: “A solução é aquela que oferece, seguramente, maiores garantias de que os contribuintes não serão chamados a suportar as perdas que, neste caso, respeitam à má gestão do BES”.
Chega-se agora a Outubro e é quase certo que o valor da venda do Novo Banco nem próximo andará do dinheiro nele investido através do fundo de resolução. E então Passos Coelho e a sua ministra Luís Albuquerque começaram a admitir que, poderá haver custos indirectos para os contribuintes na medida em que a Caixa Geral de Depósitos tenha, como disse Passos Coelho, de acomodar essas perdas.
Hoje, no debate quinzenal na Assembleia da República, Passos Coelho responde aos deputados que não, não vai haver custos para os contribuintes.

Bem, já sabemos que o primeiro-ministro é um cata-vento que muda de opinião conforme “os ventos de ocasião”, ou um camaleão que muda de côr conforme a circunstância. Mas, desta vez ele muda, muda, e volta a mudar de opinião. Daí a pertinência do título deste meu comentário: Ó vira que vira e volta a virar…

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