Empresas/Finanças
14:56
CMVM contraria Banco de Portugal e sugere que houve falta de comunicação entre supervisores
pedro.latoeiro@economico.pt
Caso BES continua a motivar divergências públicas entre a CMVM e o Banco de Portugal.
O regulador do mercado de capitais português fez saber em comunicado que suspendeu as acções do BES às 15h42 da sessão de sexta-feira porque "só por volta dessa hora teve conhecimento que haveria desenvolvimentos ainda que desconhecendo os termos concretos dos mesmos".
Um esclarecimento que surge um dia depois de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, ter defendido no Parlamento que "não houve falta de contacto" entre os dois supervisores.
Uma opinião não partilhada pela CMVM, que no mesmo comunicado destaca não ter sido informada "sobre outras decisões tomadas relativas ao BES e que, tudo indica, influenciaram a formação dos preços".
Já antes do resgate, o caso Banco Espírito Santo (BES) motivara divergências públicas entre CMVM e Banco de Portugal. Carlos Tavares disse no Parlamento, no final de Julho, não ter competências para supervisionar o papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) vendido nos balcões do BES. No dia seguinte, em comunicado, o Banco de Portugal defendeu que cabe à CMVM regular esses produtos.
Num outro esclarecimento, divulgado terça-feira passada, a CMVM fez saber que "não dispõe de qualquer poder relativamente às decisões sobre aumento de capital de qualquer sociedade" que, precisou, no caso dos bancos "necessita de ter acordo do Banco de Portugal".
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