terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A saída não foi limpa; foi suja, e bem suja!

Afinal a saída, a célebre saída da Troika, não foi limpa. Bem pelo contrário. Pelos vistos foi bem suja!
Desde Maio de 2014 e com mais ênfase desde Maio de 2015, já perto, muito perto, das últimas eleições legislativas, que nos fartámos de ouvir Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque, Paulo Portas – o relojoeiro de serviço de então – e muitos outros governantes e dirigentes políticos da Direita a falarem da “saída limpa” da Troika. Queriam dizer que o programa de assistência económica e financeira tinha terminado com sucesso e que Portugal estava agora pronto a iniciar um caminho de recuperação. Para eles pouco importava que a dívida tivesse aumentado assustadoramente, que o desemprego real estivesse muito acima do comportável, que o défice não estivesse ainda controlado, que o chamado Estado Social estivesse feito em fanicos e, sobretudo, que a miséria tivesse aumentado. Nada disso para a gente da Direita era importante. Importante para eles era dizer alto e bom som, e se possível com cara de safado, que tinha havido “Saída Limpa”. E nisso Portas era (será que ainda é?) mestre.

Pois bem, afinal confirma-se agora a suspeita que muitos de nós tínhamos: A saída não foi limpa; Foi suja, muito suja! E se ao muito do que foi varrido para debaixo do tapete  e que ainda virá  ao de cima, juntarmos esta vergonha do caso BANIF, ficamos com a certeza de que fomos governados na última legislatura por um bando de trapaceiros.

Sem comentários: