quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A DEMISSÃO DE PORTAS

Não me surpreende a decisão de Paulo Portas.
O Paulinho deve ter concluído que não há eleições a curto prazo, já que geringonça vai durar mais do que ele inicialmente supunha, até porque nenhum dos candidatos à presidência da República parece estar disposto a correr o risco. Como é que haveria de ficar na oposição, num lugar secundário, sem brilho, já que o "chefe" da oposição será (até ver) o Passos Coelho? Seria somente um dos 320 deputados da AR a quem ninguém estaria disposto a ouvir. Não teria palco junto das feiras, dos velhinhos, dos contribuintes pobres, nem riscos vermelhos a não ultrapassar. Não, não podia ser. O seu ego ficaria ofendido. Há, por isso, que dar o fora, "nomear" um sucessor interino e, se e quando o vento mudar, aparecerá de novo para salvar o partido e a Pátria. O CDS voltará a cair-lhe, agradecido, no colo. Só que, nessa altura, já não haverá quem dele se recorde ou dele ainda se recorde muito bem.
Entretanto, vai ter que arranjar um palco para não cair no esquecimento. Qual será? A curto prazo saberemos, estou certo.

Sem comentários: