Paulo Portas, que parece ser ainda ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (terá pedido ao Pedro que lhe devolvesse a carta e mandasse riscar a recepção no livro de registo de correspondência), mas que já tinha arrumado a tralha do seu gabinete (quantos milhares de fotocópias terão sido produzidas?) e andou a calcorrear, de noite, com os amigos de peito, as ruas de Lisboa para escolher o prometido gabinete de vice-primeiro-ministro, que Cavaco lhe negou, ainda vai ocupar o cargo de presidente do CDS até Outubro, já que o Congresso foi de novo adiado, agora para depois das autárquicas.
Ignoro se os delegados são os já eleitos ou haverá novas votações. Idem quanto a novas moções. Seja qual a opção, o risco é enorme, e ele bem o deve saber.
Uma miséria de vida, ou como dizem os italos, porca miseria.
Pobre Paulo, que tanto se tem sacrificado pela Pátria. Nem Paulo de Tarso sofreu tanto a caminho de Damasco...
Esperemos que alguém sugira a Dom Manuel Clemente que suscite ao papa Francisco a sua canonização, ainda em vida. Se não puder ser já a canonização, pela menos a honra de beato.
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