Acordo; mas como é que podia haver acordo? Era preciso ser muito
bem intencionado, ou melhor, muito anjinho, para acreditar que alguém, neste
caso o PS, podia entender-se com dois partidos liderados por dois
pantomineiros, capazes de dizer uma coisa de manhã e dizer o seu contrário à
noite.
Passos Coelho é um mentiroso compulsivo, que em dois anos de
governo implementou políticas e medidas que ele em campanha eleitoral qualificava
como disparates. E pior, julga-se um Salazar dos nossos tempos, que controla a
Assembleia e o Presidente da República e, por isso pode fazer o que lhe dá nas
ganas.
Paulo Portas é, de facto, o rei dos pantomineiros. Uma espécie
de rata de sacristia, que bate com a mão no peito simulando um acto de contrição,
promove novenas e reza jaculatórias, mas está sempre pronto a espetar uma faca
nas costas do parceiro.
Com gente desta, provavelmente, nem o diabo queria negociar.
Estão bem um para o outro. Ah, e os dois estão bem para o Presidente da
República!
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