Muitas
expectativas se criaram sobre quais seriam as medidas aprovadas pelo Conselho
de Ministros para compensarem, em termos orçamentais, o valor correspondente
aos artigos anticonstitucionais que este triste Governo incluiu no Orçamento do
Estado e que foram reprovados pelo Tribunal Constitucional. Chegou ao cúmulo de
encenar, dizem que por ordem da Troika, que estava disposto a chegar a um consenso
com o PS. Para isso o primeiro-ministro até escreveu uma carta a António José
Seguro, convocando-o para uma reunião urgente – a poucas horas da realização do
Conselho.
Pois
bem, ao fim de onze horas e já madrugada dentro, o Governo fez saber que daria
as conclusões das decisões tomadas às nove horas de hoje – dia seguinte à
reunião. E deu. Realizou-se uma conferência de imprensa e ficámos a saber que: vai
haver cortes nas despesas de todos os ministérios no valor de oitocentos
milhões de euros, sem se saber concretamente aonde; as despesas com as
parcerias público-privadas vão baixar em cinquenta milhões de euros, nem que para
isso seja criada uma taxa sobre elas; vai ser feita uma “finta” para, ao
arrepio da decisão do TC, taxarem os subsídios de doença e de desemprego, a
partir de determinado montante; e, para lá de outras promessas menores, a
grande medida é: onde agora se lê “subsídio de natal”(os famosos duodécimos)
vai passar a ler-se “subsídio de férias e vice versa. O resto, fica para as
calendas! Ah…, já não vai haver reprivatização dos estaleiros de Viana do
Castelo!
E
agora pergunta-se: onze horas para isto? Estiveram a “jogar à sueca” ou à “bisca
lambida? Perante esta grandiosa encenação, o que fez o Chefe de Estado?...
Nada, como sempre.
Estamos
entregues aos bichos!
Sem comentários:
Enviar um comentário