quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ninguém se queixa?


Entre os muitos disparates que o relatório do FMI tem, um deles refere que é preciso dispensar cinquenta mil professores. Gostava de perguntar ao inteligente(?) que concluiu esta medida, que critérios utilizou, já que o número referido deve rondar um quarto dos professores que leccionam no ensino público. Como era possível fazer tamanho rombo nas escolas públicas? Diminuíam à carga horária das diferentes disciplinas? As turmas passavam a ter 50 alunos?! E não só. Naturalmente que a medida atingiria professores com muitos anos de actividade e com idades de difícil acesso a outra profissão ou actividade. Que país é este que põe a hipótese de mandar para o desemprego cinquenta mil cidadãos muito qualificados? Os professores não têm a licenciatura do senhor Relvas, são mesmo licenciados e com vários cursos profissionais e acções de formação.
Mas, perante tal ataque aos professores, onde está Mário Nogueira e os outros líderes dos sindicatos e associações profissionais? Maria de Lurdes Rodrigues, que em meu entender foi uma boa ministra da Educação, foi confrontada com enorme contestação por ter posto em prática um sistema de avaliação de desempenho de professores. E agora que o Governo quer pôr na rua quase um quarto dos professores, não se ouve um queixume. Porquê; não é estranho?      

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