terça-feira, 29 de janeiro de 2013

è a nossa justiça!


Hoje, ao ouvir a notícia da condenação do maestro Miguel Graça Moura – cinco anos de prisão, com pena suspensa, lembrei-me logo do coitado do sem abrigo que foi apanhado a furtar uns chocolates (que nem sequer chegou a comer um pedacito!) e a quem a justiça, ou sobretudo as autoridades de investigação, quiseram a todo o custo dar um castigo exemplar. Ah, e os custos que todas as diligências nesse sentido trouxeram aos cofres do Estado.
Pois bem, não conheço o maestro Graça Moura, nem tenho nada contra ou a favor do senhor. Só agora, com as notícias da acusação dos crimes porque foi julgado, fiquei com a ideia de que é um indivíduo petulante, algo arrogante e com a mania de que é um tipo importante.
Agora, o que não entendo é que  tendo o tribunal concluído que o senhor maestro cometeu crimes de peculato e falsificação de documentos, que prejudicaram o Estado em perto de 800 mil euros o tenha punido em “andar cinco anos preocupado em ser bom rapaz”, mas instalado na sua boa casa e não num estabelecimento prisional, como queriam fazer ao sem abrigo, que prejudicou o alheio em pouco mais de quinze euros.
É a justiça que temos – para pobres e para ricos, não é?  

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