sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Negociar com trapaceiros; até quando?


A UGT e particularmente o seu Secretário-Geral João Proença sujeitaram-se às mais contundentes críticas dos diversos sectores da sociedade portuguesa, sindicais e outras, pelo facto de ter assinado um acordo de concertação social numa altura difícil, com muitos trabalhadores a caminho do desemprego e com muita gente a cair na pobreza.
Pois bem, de entre muitas outras coisas negociadas e aprovadas, a UGT conseguiu com que o número de dias de indemnização por despedimento reduzisse para vinte e não para doze como o Governo queria. É evidente que, em contrapartida, teve que deixar cair outras reivindicações.
Na sua mensagem de Ano Novo o Presidente da República veio chamar a atenção para a necessidade em haver diálogo entre forças políticas, parceiros sociais e outras entidades. Porém, o Governo, se calhar arreliado com o teor da mensagem de Cavaco Silva, e com vontade de lhe fazer de imediato uma afronta em jeito de vingança, entrega na Assembleia da República uma proposta de lei que, faltando à palavra dada, dá o acordado por não acordado e pretende voltar aos doze dias de indemnização. A isto, meus amigos, chama-se trapaça. Atitudes destas são próprias de gente sem palavra com quem não se pode negociar. Espero que João Proença e a UGT tenham aprendido a lição e não mais negoceiem com este tipo de gente que, desgraçadamente, nos governa. Até quando?   



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