Marcelo nega falta de independência
para falar do BES
Comentador da TVI diz que o
facto de Ricardo
facto de Ricardo
Salgado ser seu amigo não implica que não
analise a crise do Grupo Espírito Santo nem
a detenção do banqueiro.
Marcelo Rebelo de Sousa contrariou, no habitual
espaço de comentário dominical na TVI, a tese de
que lhe faltaria isenção a analisar a crise no Grupo
Espírito Santo e no BES, vincando que não seria
o facto de ser "amigo" do banqueiro que o
impediria de abordar o tema que tem dominado
a atualidade nos últimos dias.
O professor revelou não ser "daqueles que agora nem
respondem a mensagens" ou dizem não poder contactar
com Ricardo Salgado uma vez que "ele agora é arguido", salientando, porém, este caso constitui um verdadeiro
"teste à Justiça" portuguesa.
O antigo líder do PSD assinalou que Ricardo Salgado
era, de facto, "odiado por muitos, sobretudo aqueles que [negocialmente] atropelou", e frisou que agora
"nenhum partido, nenhum político e nenhum
clube de futebol vai querer [dizer] ter recebido
um tostão" do BES.
Quanto aos acontecimentos propriamente ditos,
Marcelo Rebelo de Sousa defende que o "aumento
de capital do BES Angola" deverá ser suficiente
para evitar um "efeito sistémico" na banca e na
sociedade portuguesas, embora destaque que
existe agora um coeficiente de antipatia e desamor"
para com o capitalismo bancário.
No que respeita à política, o analista reconhece
que da perspetiva do Governo "é tentador" apontar
a ministra das Finanças para o cargo de comissária
europeia, ainda que, por considerar Maria Luís
Albuquerque uma "peça chave do Executivo",
sublinhe que essa opção "dará a sensação de
que Passos Coelho pense que isto já foi à vida".
In DN online
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