domingo, 27 de julho de 2014

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Sócrates diz que a justiça tem que dar 

explicações

por Valentina Marcelino

"Não ouvi até agora uma explicação 
convicente 
para a necessidade de deter para 
interrogar. 
Pelo que foi noticiado sempre se 
mostrou 
disponível para colaborar com as 
autoridades.
 A Justiça ganhava em explicar a 
detenção de 
Ricardo Salgado", disse hoje à noite 
José Sócrates.
No seu habitual comentário político dominical 
na RTP 1, Sócrates disse não querer "acreditar" 
que a Justiça "só persiga quem já não é 
poderoso", respondendo à pergunta da 
jornalista do Telejornal sobre o "timing" da 
detenção de Ricardo Salgado, quando 
já não era presidente do Banco Espírito 
Santo (BES). "Não quero fazer essa relação, 
seria terrível", afirmou, sublinhando que o que 
mais o "espantou" foi a detenção para 
interrogatório do banqueiro.
José Sócrates considera que "a falência 
do 
Grupo Espírito Santo não vai deixar 
de ter consequências para a economia e 
vão ser
 negativas". No seu entender, "é um 
episódio 
triste" pois envolve "portugueses a 
comandar 
um grupo económico português". 
"Pouco me importam as dinastias", 
declarou.
Outra nota de José Sócrates foi sobre 

possível nomeação da ministra das 
Finanças, 
Maria Luís Albuquerque, para comissária 
europeia. "
Espanta-me muito. Será a pior escolha
 possível" 
enviar para Bruxelas a "campeã da 
austeridade" quando "os sinais que 
vêm 
da Europa são no 
sentido contrário". "Era a melhor forma 
de 
acabar já com qualquer consenso com
 o PS", acrescentou.
A única "explicação", sugeriu, é que
 exista 
"um plano de abandono e fuga" de um 
Governo 
que "já sabe que acabou e tenta colocar 
as suas pessoas".
Sócrates destacou também o recente 
aumento
 da dívida pública (132%), lembrando que 
"nos 
últimos três anos este Governo fez tudo em 
função
 da dívida, toda a austeridade era para 
controlar 
a dívida" e "consegue que ela suba 
mais em três 
anos, que nos últimos seis". O Governo 
"chega 
a este momento e o balanço que se faz 
é que tem
 mais
 dívida e mais empobrecimento de
 Portugal"

DN online

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