No jornal Público de hoje leio o título de uma notícia: “Troika decide construção do Hospital Oriental de Lisboa em Junho”. Porque me pareceu muito estranho, apressei-me a ler o conteúdo de tal notícia, que começa assim: “A troika vai decidir em Junho se o Governo poderá avançar com o projecto do novo Hospital Oriental de Lisboa, revelou ontem ao PÚBLICO o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro. Este manifestou-se esperançado de que a decisão será favorável. …”
Nem queria acreditar naquilo que estava a ler! Então, a troika é que manda? E o que dizer da subserviência do presidente da ARS de Lisboa, que se mostra esperançado que a troika não seja mazinha e que, magnanimamente, nos autorize a construir o Hospital?
Portugal é um Estado de Direito Democrático em que os órgãos do poder são soberanamente escolhidos pelo povo. A troika não foi escolhida pelo povo e por isso não manda e, muito menos, governa. A troika é, tão só, o conjunto das três pessoas que representam as três entidades que se dispuseram a emprestar dinheiro (cobrando juros caríssimos) a Portugal, exigindo como contrapartida um acordo de acção governativa que conduza ao equilíbrio das contas públicas. E, claro, com a possibilidade de fiscalizarem periodicamente se o acordo está a ser cumprido. Só isso, que já não é pouco. Quem governa Portugal é o Governo, que resulta dos resultados das eleições legislativas para a Assembleia da República, a quem presta contas. Mais ninguém. E desde que esteja a ser cumprido o acordo assinado, a troika nada tem que criticar as opções políticas tomadas. Nem eu, nem nenhum português votou na troika.
Nem queria acreditar naquilo que estava a ler! Então, a troika é que manda? E o que dizer da subserviência do presidente da ARS de Lisboa, que se mostra esperançado que a troika não seja mazinha e que, magnanimamente, nos autorize a construir o Hospital?
Portugal é um Estado de Direito Democrático em que os órgãos do poder são soberanamente escolhidos pelo povo. A troika não foi escolhida pelo povo e por isso não manda e, muito menos, governa. A troika é, tão só, o conjunto das três pessoas que representam as três entidades que se dispuseram a emprestar dinheiro (cobrando juros caríssimos) a Portugal, exigindo como contrapartida um acordo de acção governativa que conduza ao equilíbrio das contas públicas. E, claro, com a possibilidade de fiscalizarem periodicamente se o acordo está a ser cumprido. Só isso, que já não é pouco. Quem governa Portugal é o Governo, que resulta dos resultados das eleições legislativas para a Assembleia da República, a quem presta contas. Mais ninguém. E desde que esteja a ser cumprido o acordo assinado, a troika nada tem que criticar as opções políticas tomadas. Nem eu, nem nenhum português votou na troika.
1 comentário:
"A troika é que manda?". Mas qual é a dúvida? Tem estado ausente do país? O Gaspar é um mero gestor de negócios, com um porta-voz chamado Passos Coelho.
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