sexta-feira, 27 de abril de 2012

A MINHA TERRA

Alertado, assisti hoje na RTP1 a um documentário denominado "Viagem ao Centro de Minha Terra: Alijó", com uma montagem desastrosa, de principiante, mesmo para mim que nada entendo do 'métier'. Fiquei totalmente defraudado, pelo amadorismo, pela indigência e pela ignorância. Para além do mais, ficaram de fora várias aldeias, localidades e tradições do concelho que mereciam ser chamadas à colação. Meteram como cicerones o pároco da sede do concelho (que não pode conhecer bem, porque jovem e originário de Boticas), e um empresário holandês, de Provesende, aldeia (de que mostraram imagens), que pertence a Sabrosa, e imagens de um restaurante de Folgosa do Douro (que pertence a Armamar). Neste último caso, deveria ser para publicitar o dito restaurante, de um mediático 'chef', que, evidentemente,  compareceu à chamada.
Quem conhece o concelho deve ter ficado, como eu, mais que defraudado. Quem não conhece, resta-lhe ter ficado a saber que por ali se produz vinho do porto.
Se, como suponho, a RTP mostra as restantes terras do país, tal como fez com Alijó, não está a prestar um bom serviço, mas a transmitir uma qualquer encapotada campanha publicitária. Assim não vale. 

3 comentários:

zé manel disse...

Também vi e não gostei do que vi. Pobrezinho e tendencioso.

4pereiro disse...

Não vi o documentário, e tenho pena, já que tudo o que se relaciona com Trás-os-Montes e Alto Douro também me diz respeito. Claro que compreendo a indignação do amigo 500, para quem Alijó lhe diz muito, ouvir falar da Folgosa como pertencesse aquele Concelho. Não porque não goste da Folgosa, mas porque de certo lhe custou ver tanta ignorância e falta de profissionalismo por parte da RTP.

500 disse...

E mais houvera a acrescentar, como a publicidade ao turismo de habitação do holandês, irem a Favaios duas vezes, sendo que na segunda se referiram a uma banda de música (que Favaios não tem), quando as imagens mostravam banda de S. Mamede de Riba Tua, referirem-se à Granja, que é um lugar da sede do concelho, um dos cicerones ser apresentado com o seu nome com um acrescento de "Angola" (a que propósito?), a genuína cicerone fotógrafa Carva a fotografar, não sei a que propósito, o padre, etc., etc.
A Anta da Chã, a diversa arte rupestre de Pegarinhos, do Pópulo e de Carlão, a Sr.ª da Cunha, as paisagens deslumbrantes sobre o Douro e o Tua, a barragem em construção no Tua, as capelas de Pegarinhos, do Pópulo e Santa Eugénia, entre outras,sei lá que mais.
Em resumo: uma indigência.