quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Protagonismo ou masoquismo

Acabadas as eleições presidenciais, uma boa parte dos portugueses espera por alguma estabilidade política , para que o Governo se concentre na execução do orçamento do Estado, de modo a enfrentar a crise económico-financeira que nos atormenta. Muitos comentadores e, sobretudo, economistas dizem ser o momento de transmitir para o exterior a ideia de que os políticos portugueses se dispõem a abdicar da luta política para chegar (ou conservar) o poder, de modo a que, com a rapidez possível, se controlem as contas e se promova o crescimento económico.
Ora, não é essa, assim parace, a ideia de Jorge Lacão que, esquecendo-se que é Ministro dos Assuntos Parlamentares, resolveu criar a confusão dentro do próprio partido trazendo para a discussão a possível redução do número de deputados da Assemblei da República, questão que ele próprio sabe não ser do agrado do grupo parlamentar do PS, tendo mesmo sido rejeitada em plenário por Francisco Assis, líder do grupo. E pior ainda, Jorge Lacão dando "ouvidos moucos" ao seu colega do executivo Pedro Siva Pereira, que diz ser o assunto da competência do Parlamento e que o Governo não a contempla no seu programa, continua a querer discutir o tema com dirigentes do PSD. Que pretende Lacão, protagonismo? Ou é masoquista?

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