quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MOÇÕES E MONÇÕES

Um mês, nos tempos actuais, é muito tempo. Ele é o Orçamento e a sua execução, é a dívida, e é tempo de monções políticas, por cá e por outras paragens, como bem se sabe.

Porém, e coeteris paribus, não vejo que a pré-anunciada moção de censura do BE tenha pernas para andar. Não estou a ver que os demais partidos da oposição queiram aprovar tal moção, vinda de onde vem. O PCP a reboque do BE? Nã, não estou a vê-lo a alinhar, já que nada daí resultaria de positivo para si e para as suas "causas". O PSD e o CDS, a ficarem com uma criancinha nos braços, a necessitar de leite materno que eles não podem (ainda) proporcionar? E Cavaco? Que diz Cavaco? Homem calculista, como é, não me parece que queira embarcar num impasse, já que não é previsível, neste momento, uma maioria absoluta da direita parlamentar e dirá a Passos Coelho que não o comprometa.
Quanto ao BE, por razões diversas das avançadas pelo 4-pereiró no post abaixo, tenderá a desaparer do mapa. Aquele caviar já está rançoso e só os incautos lhe pegam.

E, então? Então, e volto à condição da cláusula coeteris paribus, a Oeste nada de novo, até, eventualmente, à apresentação da execução orçamental do 1.º trimestre. Se positiva, Sócrates continua por mais uns tempos. Se negativa, ele próprio deverá tirar as conclusões. E, sabe-se lá, até tirar um coelho da cartola, como uma remodelação profunda do executivo, para criar novo alento até à elaboração do Orçamento para 2012.

Entretanto, Cavaco toma posse e deverá dizer coisas, espero que entendíveis.

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