sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uma forma invulgar de investigação

O inconcebível caso da idosa que continuou quase nove anos em casa após morrer, veio mostrar-nos que, quer a polícia (seja a GNR ou a PSP) quer o Ministério Público, têm uma forma invulgar de investigar. Investigam ou não, conforme o cheiro.
Uma idosa, ao que se sabe pouco sociável, que vivia sozinha em casa com um cão e uns pássaros, deixa de ser vista durante alguns dias por uma sua vizinha que, achando estranho aquela ausência, comunica o facto às autoridades policiais, pedindo-lhes que arrombem a porta e investiguem o que se passa, pois a senhora pode estar morta. Como resposta à sua solicitação recebe a seguinte pergunta: "Cheira mal"? Ela responde: "Não, não cheria". E logo a polícia arruma o assunto: "Se não cheira mal não vamos investigar"!
Uns tempos depois um primo da malograda senhora vai treze vezes junto do Ministério Púlico do Tibunal de Sintra, e recebe a mesma resposta : Se não cheira mal não vamos investigar. Inacreditável, mais uma vez as nossas autoridadres que têm o poder e o dever de investigar, portam-se igual ou pior que as suas congéneres de un país do terceiro mundo.
E o que dizem a isto os seus sindicalistas, tão prontas na língua a criticar as suas tutelas por actos ou omissões que não lhes agradam? Gostava de saber.

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