terça-feira, 12 de maio de 2015

JUSTIÇA??

Desde há algum tempo que alguma comunicação social noticiava que um jovem, agora com dezassete anos, mas no início com dezasseis, estava preso preventivamente, acusado de ter abusado sexualmente de dois menores numa instituição de acolhimento em Chaves. Era entendimento dos jornalistas que se interessaram pelo caso e o investigaram que tudo indiciava que o jovem Leandro estava inocente, já que essa era também era a opinião da Direcção do lar e de outras educadoras que os acompanhavam e que achavam pouco consistentes as declarações dos menores que supostamente seriam as vítimas. O próprio relatório forense ia no sentido de que o jovem não teria cometido o crime de que era acusado. A tudo isto o tribunal foi insensível e o jovem Leandro esteve preso 10 meses (uma eternidade para um adolescente) só porque a Polícia Judiciária dizia que ele tinha confessado o crime, muito embora o jovem dissesse ter sido ameaçado e agredido pelos respectivos inspectores para confessar. A ser verdade, como é que isto é possível no Portugal democrático que acabou com a PIDE há quarenta e um anos?
Hoje foi conhecida a sentença do Tribunal que o julgou: O jovem foi absolvido dos crimes de que era acusado. Ainda bem, digo eu. Foi feita justiça? Não, não foi. Como considerar justiça ter-se libertado um miúdo que esteve preso quase um ano por causa de erros grosseiros da justiça portuguesa?
Então, como confiar numa justiça capaz de quase destruir a vida de um jovem? Pior, isto dá que pensar e até dá para ter medo. Quem garante que um qualquer de nós não poderá ver-se envolvido num imbróglio destes?
E o mais alto magistrado da Nação, não toma posição? Devia, não devia? No mínimo chamar a procuradora Geral da República e o Presidente do Supremo Tribuna de Justiçal e pedir-lhes explicações. Mas, já sabemos: não o faz. Ia agora meter-se num sarilho!








1 comentário:

500 disse...

Vi/ouvi a notícia na TV. Fiquei passado dos cornos, como gosta de dizer um amigo meu em casos desta natureza. Como é possível que um juiz tenha mandado o miúdo para a cadeia sem provas consistentes? Quem e em quanto o indemnizam? Que traumas lhe vão sobrar para o resto da vida? Como irão conviver, num meio pequeno, as famílias envolvidas? E os polícias não não ser chamados à pedra?
Isto está uma pocilga.
E o sr. Silva não lê nem ouve notícias, como é sabido.
Como costuma dizer o Henrique Antunes Ferreira: pqp!