sábado, 30 de maio de 2015

A justiça é igual para todos? Acho que não!

Faço parte do número de portugueses, infelizmente muito numeroso, que não acredita na justiça. Talvez por isso dou pelo menos o benefício da dúvida a quem diz ter sido condenado injustamente, sem factualmente ter sido comprovada a sua acção criminosa.
Também faço parte de um bom número de portugueses que não punha a mão no fogo (nem uma unha, quanto mais a mão) por Isaltino Morais, ex-ministro e ex-presidente da Câmara de Oeiras. Mas não é de hoje que digo achar muito estranho o facto de ele ter sido condenado a dois anos de prisão (menos de metade de cinco), por um crime de fraude fiscal, que é grave, mas muito longe da gravidade de um crime de sangue, e não lhe ter sido suspensa a pena. Por isso concordo com ele, quando escreve o seguinte num livro agora editado: “Se eu fosse um vulgar cidadão seria absolutamente normal que as leis se cumprissem. No caso Isaltino era preciso recolhê-lo à prisão, porque assim regenera-se a política e a paz volta a reinar no mundo judicial”.

Ao ler esta citação de Isaltino Morais lembrei-me logo de Sócrates. Está preso há pelo menos seis meses, sem acusação e, ao que se ouve e lê, sem provas concludentes daquilo por que é indiciado. E eu pergunto: Se fosse outro qualquer cidadão que não Sócrates, ainda estaria preso? Provavelmente não estaria. Compare-se o caso Sócrates com os casos BPP, BES e BPN. Está alguém “lá dentro”? Não, não está. É isto justiça??

1 comentário:

500 disse...

A minha opinião sobre o homem não é positiva, mas tanto quanto julgo saber o crime é de evasão fiscal não passível de prisão. Mas ele há-de contar coisas sobre os seus "amigos".